�João Cerqueira Martins Filho é filho de João Martins da Silva (Praxede) e Virgília Cerqueira Martins (Zila). Nasceu em Irará - Bahia no dia 23 de Junho de 1949. Reside em Salvador - Bahia.
Era véspera de São João e a Fazenda Picada, do seu avô Antoninho, já estava num clima de festa. Sua mãe, Zila, percebeu logo ao saltar do carro de boi todo forradinho e macio que o rebento não queria mais esperar. Não deu outra:
o menino nasceu às pressas e até muito animado.
Que menino artista!
Tudo começou aqui... Num pequeno esboço, uma grande idéia e um caminho a seguir. Nascia ali, em 1995, o estilo da minha Pintura, próprio, criativo e alinhado aos meus sentimentos e inspirações poéticas. Aquela semente germinou, cresceu, floriu, frutificou. Ali, eu me encontrei. Achei a trilha, por onde andarei... |
Sua maior inspiração é a natureza, e a sua pintura é pura poesia.
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Arte é uma forma de expressão. Nela procuro demonstrar o meu íntimo e até a forma de ver o mundo. Na arte faço a leitura da minha alma e revelo o que sinto e o que sou. Nas cores que uso intensamente em meus quadros tento transmitir com lirismo o sentimento poético que encontro dentro de mim e atingir a emoção das pessoas, seja na beleza das nuanças coloridas das abstrações cromáticas, seja no realismo e fantasia das figuras e paisagens, muitas delas vindas da infância, e, sobretudo, da cultura iraraense que exerce grande influência na minha arte. Em cada detalhe das composições que faço estarei abrindo “janelas” para que possamos vislumbrar e até viajar na imagem e sentir a alegria do belo. Assim, quero mostrar na minha pintura, festiva e cheia de cores, a simplicidade da minha poesia.
João Martins
Era tudo tristezacomo se fosse belezanaquela criança infeliz...
Era a falta do prato.
Era a falta da cama.
Era o abismo e era o salto.
Era a fome e era o dramade nem ter a casa.
Era a vida...
sem vida.
Te darei todas as estrelas o crepúsculo e o luar.
Até o sol das manhãs amornarei pra te ninar.
Apanharei o arco-íris para te enfeitar de cores.
E para te perfumar te darei todas as flores Mas o melhor já tem de mim: a certeza de te amar e o meu amor sem fim.
Livre como o pássaro.
Sem limites de vôo e sem cordões de isolamento.
Livre, como o céu e a chuva, que apesar da nuvem turva não precisa de um botão para ser e acontecer.
Das frutas
eu quero
a delícia da seiva
e do mel.
Da vida
eu espero
o doce prazer
de viver o meu eu.
E Deus criou o homem...
Certamente, logo depois, veio a criação da arte.
Seria preciso inventar uma emoção diferente, envolvente, para que o próprio homem se entendesse como ser, sensível, e confiante em si mesmo.
Ondas brancas.
Areias finas.
Ancas femininas que se deitam nas areias brancas de Amaralina.
Ancas de sereia.
Seria sereia, ou seria minha menina?
Existem mesmo cores poéticas? Quais as cores poéticas? João Martins, que sabe muito de cores e poesia, mostra em seus quadros, aqui expostos, com quantas cores se faz uma poesia.
Floriano Teixeira
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